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26 de dez. de 2009

Um história de verão.

 

Claudia, uma garota muito rica.

Pedro, um garoto muito pobre.

O destino deles se cruzou em uma praia do Rio de Janeiro. Um olhar, um simples sorriso, despertou nos dois o sentimento mais sincero: o Amor.

Ela o queria, ele a queria. Sentiram uma vontade incrível de ficarem perto um do outro, eles estavam apaixonados, mas ainda não sabiam disso.

Pedro fez questão de sentar á frente dela, o mais perto do mar possível, acreditava que o mar lhe protegeria da vergonha que sentia de ‘paquerar’.

Claudia, sem perceber, o analisava de costas, corpo bronzeado, um sinal entre a final do cabelo e o começo da nuca.

Ele suava, o sol estava muito forte, mas ele não queria sair dali, queria permanecer perto dela, respirar o mesmo ar que ela, sentir o mesmo sol que ela, era um típico ‘amor de verão‘.

Sim, ela queria, mas estava com medo de chegar perto e quebrar o encanto que havia com a distancia.

O tempo foi passando e o sol se escondeu.

Pedro poderia ficar ali até o amanhecer.

Claudia tinha que chegar em casa antes das 9.

Ela levantou, tirou à areia que havia em suas calças.

Ele, percebendo o movimento, olhou para trás. Ela deu um sorriso, ele também.

Ela foi embora, devagar, acreditando que ele iria atrás dela.

Mas ele não foi, e ela nunca entendeu o porquê.

Depois que ela se levantou, ele pensou em ir atrás, mas sabia que seria egoísmo da parte dele. Ele sabia que estava doente, sabia que iria morrer, foi à praia se despedir do mar.

Ele não foi atrás dela, não queria que ela sofresse, e sabia que ela sofreria quando ele morresse.

Ele se despediu do mar, levantou e foi para a casa.

Morreu alguns meses depois.

Ela nunca mais esqueceu o garoto da praia, nunca mais esqueceu o garoto que lhe fez conhecer o amor. ♥

22 de dez. de 2009

Ele segurou a minha mão e eu recuei no mesmo instante.

- Você sabe que isso não é certo.

Ele segurou o meu rosto com as duas mãos e eu passei a sentir a sua pulsação.

- Eu te amo – ele disse.

Eu sei. Eu não respondi, fechei os olhos e comecei a calcular a sua respiração. Ele inspirava em um tempo e soltava o ar em outro, completamente desregulado.

Eu me perdi nesse calculo e acabei esquecendo que as mãos dele ainda estavam no meu rosto.

- Você me ama? – ele perguntou.

Sim, eu te amo. Eu, novamente, não respondi, me afastei aos poucos dando adeus a cada lágrima que escorria dos seus olhos, vendo cada esperança morrer.

Estou tentando fazer o certo. Eu te amo, mas nós dois sabemos que não é possível.

Meu amigo. Meu amor. ♥

18 de dez. de 2009

Primeiro post. Primeiro texto do segundo blog. Ah, e não é proibido pra menores ok? Sinta-se em casa. 

“E nada vai fazer voltar o tempo que eu perdi tentando te falar que eu não consigo respirar com medo de chorar de ouvir você falar... não.”

 

Parece que tudo muda quando o tempo passa, mas é pura ilusão. Conhecemos novas pessoas e alimentamos novos amores, com a certeza de que os antigos ficaram pra trás. Mas certo dia, o passado lhe faz um visita, e lhe mostra que no seu subconsciente aqueles antigos amores ainda estão presentes. Ai você descobre que um desses antigos amores ainda é o verdadeiro. As lembranças invadem a sua mente, fazendo certo brilho retornar ao seu olhar, um belo sorriso ilumina seu rosto e tudo volta ao seu lugar. É nesse momento que um sentimento chamado saudade se torna sólido, o brilho no olhar desaparece e é trocado por um olhar perdido, o sorriso já não existe mais.

Você se sente parado no tempo. Estagnado. Pagando por um crime que você nem sabe qual é. Devia ser proibido amar, pessoas deveriam ser presas por machucar outras.

E o pior de tudo, é que você não pode jogar toda a culpa nele, por que ele foi um perfeito cavalheiro, fiel e sincero. Sinceridade. Muita sinceridade. A cena da despedida, do fim, volta a sua cabeça, e tudo passa como um filme no cinema: você e ele sentados um de frente para o outro, ele com um olhar confuso e você cada vez mais nervosa. Ele seguir a sua mão e diz:

 

- Eu te amo, mas não te mereço realmente, espero de coração que você encontre alguém que te faça feliz de verdade.

 

Você chora. Ele também. Os dois se abraçam. E você se sente completamente perdida. De que vale ser tão boa? Se quem você queria não se acha o suficiente para te fazer feliz? Ele levanta, e lhe dá um tchau silencioso. Naquele momento, o mundo girou e você ficou de cabeça para baixo. Nada mais fazia sentido. A sua vida se tornou um caos completo. Depois de um tempo, você conseguiu retornar a vida normal, conheceu novas pessoas e novos amores. Até que todos aqueles sentimentos e lembranças voltam, e lhe fazem perder o rumo novamente. E você entende que será assim para sempre, cada vez pior. Esse é um filme de terror, que eu queria nunca ter assistido.