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17 de jun. de 2012

Dói, e como dói.


Nunca pensamos que a vida pode mudar tanto, mas ela muda, e muda da maneira mais estranha possível. Acaba nos afastando, e criando tanta saudade no mundo... Ah se fosse sólida a saudade... Posso dizer que a minha seria bem grandinha, ocuparia uma cidade, um país talvez. Sabe quando tu bates o dedinho na quina da mesa e acaba chorando de saudade? Sim, sabemos. Entretanto, creio que alguém não apaixonado não vá ver sentido nenhum em machucar o dedinho e chorar por amor. Existiria uma fórmula capaz de explicar o porquê de uma pessoa machucar o dedinho e não chorar por seu dedinho, mas sim por saudade? Acho que não.
Provavelmente, pessoas mais práticas também achem besteira o que digo, mas digo, e digo por experiência própria: AMAR DÓI, E DÓI NO CORPO INTEIRO. Não estou sendo poética, longe disso, quero ser extremamente verdadeira, só me perdoem se doer em vocês, caros leitores, não é algo que esteja sob o meu controle.
Pois bem, voltando a dor, amor, saudade, tanto faz, já que tudo faz parte do mesmo pacote. Dor no peito, nas pernas, nas costas e principalmente, na cabeça.
O coração é o símbolo mundial do amor, mas creio que a cabeça é a que sofre mais. Recebe todos os comandos do coração, e é obrigado a transformar em algo coerente, por que se não existisse cérebro, certamente o índice de homicídios, estupros e sequestros seria IN-FI-NI-TA-MEN-TE maior.
Nosso cérebro tem sonhos, vontades quase incontroláveis, mas – graças a Deus – tem todo o pacote de “não posso, não devo, não é meu, não é bom pra mim...”
Então, agradeça ao seu cérebro por não estar nesse exato momento esfaqueando o novo namorado da sua ex, seja isso bom ou ruim.

 Amai trite parole che non uno
osava. M’incantò la rima fiore
amore,
la più antica difficile del mondo.

(Umberto Saba, Amai)