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30 de jun. de 2010

Maldita Adolescência.


Se tudo que eu digo, falo e penso vai mudar daqui a cinco anos. Então não vale a pena dizer, falar e pensar.
Já que todos dizem que isso é uma fase e que não deve ser levada a sério, então nem eu vou me levar a sério.
Se as pessoas soubessem como é repugnante ser chamada de adolescente, certamente pensariam duas vezes antes de usar essa maldita palavra.
Você esta em uma rodinha de parentes da família, o assunto é política. Tudo bem, você sabe que entende algo de política, então entra de cabeça na conversa. Tudo corre bem, até o momento que você discorda do seu tio. O que ele fala? “Ah, tu só acha isso por que tu ainda és adolescente, espera uns cinco aninhos e isso já vai mudar”.
Mais que raios de cinco aninhos? Só por que se tem 15 anos não se pode ser levada a sério?
Se chorar por qualquer coisa, se gritar por qualquer coisa, se ficar bravo por qualquer coisa é por que é adolescente. Então, que dizer, que adulto não chora? Não grita? Não fica bravo?
Gente chata essa que só por que tem uns aninhos a mais acha que tem o mundo nas mãos.
Eu sei que existe muita gente da minha idade que não lê um livro que não tenha “figurinha”, mas eu também sei que tem muita gente da minha idade que é muito mais inteligente que um adulto.
Querendo ou não isso é preconceito, ser jovem não é sinônimo de ingenuidade nem de burrice, ser jovem é ter uma visão nova da vida, diferente, mas não necessariamente ruim.
Você, adulto, escute as opiniões dos seus filhos sem se colocar em um pedestal que já esta totalmente fora de moda.
Usar a idade como um pretexto para não abrir a cabeça, é uma grande burrice.

20 de jun. de 2010

Até logo, Saramago.

Quando alguém morre, uma parte do mundo morre.
Quando esse alguém é indescritível, o mundo morre por um tempo.
Pois bem, é só por um tempo, mas fará falta, e muita.
Um iluminado? Um gênio? Um escritor.
Um homem. Um homem que teve, e continuara tendo, o poder de mudar as pessoas, de fazer refletir e de envolver.
Quando um escritor morre, é como se fosse parte de mim, parte do meu mundo.
É uma pseudo-intimidade, conhecer mesmo sem conhecer.
Se ele esta em um lugar melhor, não sei.
Só sei que o mundo perdeu...
Na verdade, não existem palavras que possam explicar uma perda deste tamanho.
Pois às vezes, o silencio fala mais que mil palavras.
Mas eu precisava dividir o que penso e o que sinto.
Fico por aqui, fazendo de minhas palavras curtas, uma eterna despedida.

Até logo, José.

2 de jun. de 2010

O Espelho.


"O espelho reflete certo, não erra por que não pensa, pensar é essencialmente errar."

Pensar. Refletir. Errar.

Sentir. Olhar. Errar.

O reflexo que finge ser real, ele engana, refletindo.
A matéria acredita e leva pro mundo "real" tudo que vê refletido.
Um mundo que acredita. Um mundo sem volta, sem saída.
Verdadeira mentira real, um espelho.
Já o espelho real, não é visível, não é real. É imaginário, irreal.
Inacreditavelmente real, sendo irreal.
Inacreditável? Ou não.
Real demais, assustador demais, difícil demais, refletido demais.
Sendo assim, sobrevive o irreal, refletindo olhos obscuros de um rosto real.
Enquanto o real continua refletindo, mas ninguém enxerga. Cegueira real.


Errar. Acreditar. Errar.