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8 de abr. de 2013

Um outro olhar.


Será que quando você anda de ônibus todo santo dia, ou para trabalhar ou para estudar, percebe a sua cidade? Vivemos em uma época que o mais importante é apontar os defeitos, e isso acontece com as pessoas, com os filmes, com as musicas e com as nossas cidades.
   Nós, moradores de Rio Grande, somos um grande exemplo disso: fechamos os olhos para tudo de bom que a cidade tem, tanto em arquitetura quanto em cultura no geral, mas somos os primeiros a dizer que a nossa cidade nunca saiu e nunca vai sair do lugar.
   Falar dos defeitos de uma cidade é necessário, mas esquecer dos pequenos detalhes que marcam a história dela é muito triste. Uma cidade antiga como a nossa, guarda segredinhos imperceptíveis para os mais apressadinhos. Detalhes como uma janela diferente ou mais delicada, uma porta antiga, uma calçada que sobreviveu a anos e anos de vida. Muitas vezes, quando comparamos tudo isso com os grandes e visíveis defeitos, o saldo de defeitos acaba sendo maior, mas isso não é motivo para serem mais importantes. Atualizar uma cidade, não é transformá-la em um monte de coisas 'novas', e sim trazer novidades sem modificar a cara da cidade. Talvez seja essa a chave que tanto procuramos pra fazer Rio grande, ou qualquer outra cidade, deslanchar: manter a cultura que ainda existe nas nossas ruas. 


Sempre olhei essas janelas quando passava de ônibus, e achei incrível quando vi que tinham restaurado, mas que permaneceu a mesma ideia, e ficou lindo. São três tipos de janelas: brancas envelhecidas, marrons e as novas, brancas também. 



O que faz delas diferentes é o detalhe de coração, mas, olhando mais de perto, existem outros detalhes que também fazem parte desse conjunto delicado e clássico.     






Esse post marca o começo de uma nova vida para o blog: vamos conhecer Rio Grande! Os nossos músicos, atores, artistas em geral e as nossas ruas. Não vou deixar de escrever como fazia normalmente, mas o foco vai ser a nossa cidade.



Então, coisas novas estão por vir! 



Ps: As fotos foram tiradas na Av. Rheingantz! 




20 de mar. de 2013

Lotado.


    Meu peito anda parecendo aquelas bolinhas de gel que incham quando colocadas em água. Eu viro o rosto, finjo que não vejo quando ele grita por socorro, saio para outro lugar, mas, quando olho novamente, parece que inchou mais.
    De onde vem tanta mágoa? É como se eu vivesse ainda no prefácio da minha vida: sempre com essa sensação de que “o amanhã vai se melhor”, “semana que vem não será tão entediante”, “é só esperar um mês e as coisas se acertam”...
    Minha cabeça entende tudo friamente, o problema é que ela e o resto de mim não são tão amigos como eu imaginava.
    Minha mágoa já não pode ser chamada de “várias mágoas”, elas podem chegar por motivos diferentes, mas viram minhas e transformam-se em uma grande bola de mágoa, nada uniforme e muito pegajosa.
    Minha mágoa dobra esquinas, arruma motivos torpes para me fazer acreditar – e eu sempre acabo acreditando – que a culpa te tudo é minha.
    E o pior, caro leitor, é que toda essa mágoa não tem nome, não existe no mundo alguém que mereça minha coleção particular de injúrias. Não tenho como lançar mão do artificio comum a todos os magoados do mundo: Querer o mal daquele que foi o causador da mágoa.
    Que má sorte a minha! Queria eu ter alguém para usar como alvo.
    Será que um Paracetamol resolveria?
    Não, eu sei, mas seria ótimo um remedinho que rapidamente apagasse nossos problemas internos, e que não precisasse de receita para comprar.
    Mas, enquanto esse milagre não acontece, termino aqui deixando bem claro que estou feliz, apesar de tudo...